sexta-feira, 24 de abril de 2009

Volume de crédito cresce mesmo em meio à crise

Fonte: Agência Sebrae

Segundo Banco Central, as taxas de juros sobre os diversos tipos de empréstimos sofreram redução em março, exceto as do cheque especial

O Banco Central divulgou, nesta quinta-feira (23), bons indicadores referentes à evolução da concessão de crédito, em março, por parte dos agentes financeiros públicos e privados, levando-se em conta o contexto de dificuldades imposto pela crise financeira internacional, principalmente a partir do último trimestre do ano passado.

As operações de crédito do sistema financeiro fecharam o primeiro trimestre deste ano com um estoque total de R$ 1,241 trilhão, crescimento de 1% no mês e 25% em 12 meses, o que representa 42,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em fevereiro essa relação estava em 41,8%. Os bancos públicos continuaram tendo papel relevante na sustentação do fluxo dos recursos para a produção, comercialização e consumo. Em fevereiro apresentavam participação de 37,1% no estoque do crédito concedido. Em março, essa participação passou para 37,6%.

Segundo o boletim mensal divulgado pelo Banco Central, os spreads bancários (diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final) também recuaram no mês passado. Para pessoa física, caiu 1,7 ponto percentual, reflexo, mesmo que tímido, do novo ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic, que remunera os títulos públicos e serve de referência para o mercado financeiro. Na média, o spread passou de 41,4 % para 39,7%, em março.

“São spreads ainda altíssimos, mesmo levando-se em conta os atuais níveis da inadimplência”, avalia o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. Ele destacou, entretanto, como bastante positivo, o fato de terem caído pelo terceiro mês consecutivo. Para as empresas, a redução foi de um ponto percentual, abaixo da média.

A taxa média de juros apresentou redução de 2,5 pontos percentuais, passando a 50,1% ao ano. Considerada isoladamente, a taxa média dos juros cobrados sobre os empréstimos tomados por empresas caíram menos: 2 pontos percentuais. Passaram, assim, dos 30,9% ao ano, registrados em fevereiro, para 28,9% ao ano em março.

Ainda de acordo com o Banco Central, a inadimplência da pessoa física recuou em março pela primeira vez, desde setembro de 2008, passando de 8,4% para 8,3%. Já a inadimplência empresarial continuou subindo, o que ocorre desde dezembro, passando de 2,3% para 2,6%.

Fora do tom

A taxa de juros do cheque especial avançou 2,4 pontos percentuais em março, chegando a 169,1% ao ano, um aumento de 19,3 pontos percentuais no período de 12 meses. O spread cobrado pelos bancos nessa operação ficou em 158,6% ao ano, em março, com elevação de 3,5 pontos, comparando-se com os 155,1% cobrados em fevereiro.

Muitos empresários de pequenos negócios se valem do cheque especial pessoa física para cobrir rombos no fluxo de caixa. Segundo analistas técnicos do Sebrae, essa prática deve ser evitada porque geralmente soluções momentâneas apenas transferem e aumentam o problema no futuro. A boa gestão de caixa e de estoques é fundamental para a saúde financeira das pequenas e microempresas que podem procurar os postos de atendimento do Sebrae para consultorias nessa área.

O juro do crédito pessoal fechou março em 50,8%, com redução de 3,7 pontos percentuais comparando-se a fevereiro, mas acréscimo de 0,3 ponto percentual em 12 meses. A taxa média dos empréstimos consignados (com desconto em folha de pagamento) ficou em 28,7% em relação aos 29,3% de fevereiro.

As taxas médias das operações tradicionais de crédito pessoal reduziram-se 6,7 pontos percentuais em março, mas mesmo assim estão em 68,1% ao ano. O custo médio do empréstimo para aquisição de veículos foi, em março, de 29,7%, com queda de 2,1 pontos em relação ao mês anterior. A taxa média cobrada nos empréstimos para aquisição de bens variados, como eletroeletrônicos, ficou praticamente no mesmo patamar de fevereiro, 63,8% ao ano, declínio de apenas 0,2 ponto.

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