quinta-feira, 23 de abril de 2009

Empreendedores serão fundamentais para superar crise, revela pesquisa

Fonte: Agência Brasil

A taxa de empreendedorismo entre os brasileiros é de 12%, a terceira mais alta entre os países que participam do G20 (grupo dos países em desenvolvimento), conforme revelou pesquisa a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada hoje (17). A pesquisa é desenvolvida em mais de 60 países e tem o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) entre seus parceiros há nove anos.

Segundo o economista Marcelo Neri, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), a capacidade empreendedora do brasileiro será um elemento central para superar os efeitos da crise financeira internacional no país. "O brasileiro se acostumou com o fato de comer três vezes ao dia e não vai baixar o padrão de vida por conta de uma crise. Tudo leva a crer que as pessoas vão à luta para continuar consumindo", afirmou.

Para Neri, o Brasil está em posição privilegiada, porque já está acostumado com crise e sabe lidar com adversidades. "Nós vivemos de crise em crise e aprendemos a sair bem de situações difíceis. Somos como o Ayrton Senna [tricampeão mundial de automobilismo, morto em 1994]: corremos melhor na chuva."

Neri vê o empreendedorismo dos brasileiros como um colchão "que tem tudo para virar um trampolim". "Ainda são necessárias políticas sociais para pequenos empreendedores, como conceder crédito e educação, que é o passaporte para os novos mercados". Segundo o professor, o consumo de uma família de empreendedores cresce 28% depois da tomada do primeiro empréstimo. "O lucro aumenta em 35%", disse ele.

De acordo com a pesquisa GEM, 80% dos empreendedores são capazes de gerar renda e emprego; 8% dos 12% de novos negócios surgem por oportunidade e 4%, por necessidade. Os números revelam ainda que 65% consideram que têm muita concorrência. "A partir daí sentimos que nosso maior desafio é estimular as pessoas a criar negócios inéditos", destacou o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto.

A pesquisa mostrou ainda que 85% dos novos empreendedores não têm expectativas de exportação e 38% têm uma visão pessimista do negócio que estão iniciando. Apesar de não avaliar o nível de mortalidade das empresas, Okamoto ressaltou que 76% das empresas completam dois anos de vida. "O principal agora é capacitar esses empreendedores e a qualidade dos empreendimentos."

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