segunda-feira, 27 de abril de 2009

Jogo universitário estimula empreendedorismo no trabalho

Fonte: Agência Sebrae

Estudante cearense que participou do jogo em 2006 e 2007 diz que aprendeu muito e que aplica os conhecimentos que adquiriu no cotidiano de seu trabalho

Não importa se você está à frente de um negócio ou se trabalha como funcionário. A postura empreendedora faz toda a diferença na vida de um profissional. É o que pensa o cearense Ricardo Augusto Bezerra, empregado da unidade da Ford no Ceará, que produz o jipe Troller, e estudante do curso de Redes de Computadores na Faculdade de Tecnologia do Nordeste (Fatene), em Fortaleza.

Ricardo conta que muito do que aprendeu profissionalmente e da consciência que adquiriu sobre o comportamento empreendedor vêm de suas duas participações (em 2006 e 2007) no Desafio Sebrae, o jogo que proporciona aos universitários a experiência de gestão virtual de uma empresa. Para participar da edição 2009, é preciso fazer inscrição no site www.desafio.sebrae.com.br. Mais de 18 mil pessoas já se inscreveram. O prazo vai até o dia 13 de maio.

Ricardo Bezerra lembra que ouvia muito falar do Desafio Sebrae entre seus colegas de faculdade. Em 2006, eles decidiram conhecer o jogo. “Nossa maior curiosidade era saber como se administrava uma empresa virtualmente”, recorda.

Naquele ano, o desempenho de Ricardo e de seus companheiros não foi significativo. O destino mudou para ele em 2007, quando montou a equipe Suvaco de Calango com dois companheiros do curso de Informática, um de Publicidade e outro de História. O grupo venceu a etapa estadual e alcançou a semifinal da competição.

O estudante, que se forma em 2010, revela que já trabalhava com administração antes de participar do Desafio Sebrae, na fábrica da Ford no Ceará, na cidade de Horizonte, a 37 quilômetros de Fortaleza. Porém, conta a competição lhe abriu novos horizontes. “A empresa valorizou muito minha participação e me apoiou quando tive que viajar para a semifinal, em São Paulo”, lembra.

Ricardo trabalhava no setor de faturamento da empresa e, depois do jogo, recebeu o convite para atuar em outras áreas. Optou pela seção de logística. O universitário diz que com o Desafio Sebrae ele e os colegas adquiriram uma noção global de administração. “Passamos a saber como lidar com o mercado e a encarar fatores como a sazonalidade, com as altas e baixas. Aplicamos esses conteúdos na vida real”, revela.

Intra-empreendedor

Ricardo afirma que um dia pretende montar seu próprio negócio. Enquanto esse dia não chega, diz que adota uma postura empreendedora no ambiente de trabalho, aquilo que os especialistas chamam de intra-empreendedorismo. É o funcionário que conduz diversos processos no ambiente profissional, que inova e tem iniciativa. “O Desafio me mostrou, acima de tudo, que preciso de seriedade e competência. O negócio não é meu, mas existe o capital de muita gente envolvido”, conta.

A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2008 revelou que o Brasil sofre de uma enorme carência de intra-empreendedores. A taxa nacional de intra-empreendedorismo fica em apenas 0,6%.

Ricardo diz que indica o Desafio Sebrae na sua faculdade para os seus colegas. “Converso com o pessoal sobre o dinamismo do jogo e a experiência que se ganha com o trabalho em equipe. Sem isso, não se sobrevive nem no jogo e nem no mercado”.

Para atrair mais jovens como Ricardo para o Desafio, o Sebrae no Ceará intensificou sua estratégia de divulgação com as apresentações do Game Show. “Reunimos os estudantes nos auditórios das faculdades, apresentamos um vídeo e fazemos perguntas sobre o jogo. Quem acerta, ganha um brinde”, explica Alice Mesquita, interlocutora da competição no estado.

Os primeiros alunos que se inscrevem também recebem prêmios do Sebrae,como blocos e canetas. Em 2008, 3.690 alunos cearenses participaram da competição. Este ano, o Sebrae/CE espera número próximo.

Alice diz que na divulgação assinala para os jovens a importância da capacitação. “Com o Desafio eles têm oportunidade de aplicar o que aprendem na sala de aula”, observa. A interlocutora conta que os universitários cearenses demonstram grande receptividade ao jogo.

A interlocutora afirma que sua equipe exibe um grande entusiasmo na divulgação do Desafio. “Quando vemos o caso de universitários como o Ricardo, que se envolve e leva a sério o Desafio, a gente se emociona”.

Da teoria à prática

Muitos universitários, a partir da experiência adquirida com o Desafio Sebrae, decidem abrir seu negócio. Pesquisa recente do Sebrae mostra que 34,09% dos participantes já são empresários ou têm intenção de abrir um negócio.

O mesmo estudo revela outros dados interessantes: 67% dos que jogam o Desafio Sebrae já trabalham ou tiveram algum emprego e 60% deles não atuam na área em que estudam. Há ainda um dado econômico que mostra que 56% dos participantes pertencem à classe C e suas famílias têm renda de até 10 salários mínimos.

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