sexta-feira, 17 de abril de 2009

Especial Dekassegui | A busca por emprego no retorno ao Brasil

Segundo consultora Aline Takushi, procura não é fácil, mas é preciso “mudar conceitos”

Fonte: Nippo Jornal

Montar um negócio ou comprar um imóvel é o sonho da maioria dos brasileiros que vão ao Japão a trabalho. Mas, com o sonho abortado pela perda do emprego, fruto de uma crise que assola o arquipélago, só há uma saída: retornar ao país de origem e procurar um novo trabalho. Mesmo para quem volta com uma quantia significativa de recursos, mas ainda não sabe o que e nem como investir, um emprego pode ajudar a não deixar o dinheiro conquistado de forma tão suada desaparecer.

A procura e a readaptação ao mercado brasileiro pode não ser fácil, mas é preciso “mudar conceitos”, como diz a especialista em recursos humanos, Aline Takushi. Ela é diretora-executiva da Ricardo Xavier RH e dá dicas preciosas de como se inserir novamente no mercado de trabalho.

O primeiro passo pode ser dado antes mesmo de pôr os pés de volta na terra natal. O recomendado é que, do Japão, a pessoa informe parentes e amigos sobre seu retorno, para que eles fiquem atentos caso surja alguma oportunidade de emprego. Ao chegar, buscar especialização é o melhor caminho, mas isso leva um certo tempo e, enquanto se qualifica para uma boa vaga, o ideal é ir à procura de um emprego adequando ao atual perfil.

E um dos primeiros obstáculos a ser superado, nesse caso, é aceitar a realidade salarial do Brasil. Entre ganhar nada e pouco, opte pelo segundo. “O dekassegui tem boa remuneração no Japão trabalhando em fábricas, mas, no Brasil, ele não aceita esse tipo de trabalho porque o salário é muito menor”, comenta Aline. “Tem que ter humildade para aceitar qualquer tipo de trabalho até conseguir se adaptar ao mercado do Brasil.”

Para quem não terminou o ensino médio e não pode perder tempo, há a opção de cursos supletivos que reduzem pela metade a duração do estudo. Para quem já o concluiu, uma boa dica é procurar por cursos técnicos que qualificam para áreas que carecem de profissionais no País (veja quadro de cargos mais procurados). “O que se percebe nas pesquisas feitas pela Ricardo Xavier é que o profissional técnico, em certos casos, tem remuneração como o de nível superior”, revela Aline. O trabalhador pode atuar na área técnica enquanto tenta entrar e concluir uma faculdade.

O que também não se pode esquecer é de montar um currículo e fazê-lo chegar às mãos do empregador. Existem diversos sites na internet que cadastram currículos gratuitamente e dão dicas de como elaborar um e como portar-se durante uma entrevista de emprego. Algumas empresas tem um espaço no próprio endereço virtual para o cadastramento. Levar o currículo pessoalmente é a saída para quem não tiver acesso à internet.

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